terça-feira, 27 de maio de 2014

Pelo direito de calar, e pensar.



A liberdade de expressão é considerada maior conquista dos brasileiros no último século. Contudo, ela ainda não é usada como deveria. O brasileiro, não aprendendo a dar valor à possibilidade de falar quando quiser, também não aprendeu a calar e refletir antes de opinar.

A cada semana surge um novo tema de revolução virtual (pro nosso alívio elas ainda continuam virtuais). Mais incrível é perceber que mesmo sem conhecer os fatos, todo usuário das redes sociais é capaz de lançar e defender com unhas e dentes suas opiniões.

Concordando e copiando (parafraseando) com o magnífico Olavo de Carvalho, afirmo que a pretensão arrogante da maioria dos brasileiros contrasta tão deploravelmente com a sua falta de recursos intelectuais que nenhum educador dotado de bom senso ousaria se aventurar a lhes ensinar o que quer que fosse. Caso o fizesse, correria o risco de ser ridicularizado pela opinião absoluta de seu educando.

Raríssimas são as mentes críticas. A maioria adota sempre e prontamente a opinião do outro sobre qualquer coisa, sobre o racismo, o sistema de cotas, a Copa do Mundo... e fazem dela imediatamente um princípio universal. Ai de quem ouse discordar!

A possibilidade de se influenciar as pessoas na terra de Santa Cruz é incrível e potencializada pela internet. Os esforços para que um maior número de brasileiros tenha acesso à rede de computadores são feitos em intensidade maior àquela em que eles desenvolvem um senso crítico que os tornem capazes de utilizar a rede. Por esse motivo, os presidenciáveis contratam assessorias milionárias para ajudar a ‘desmentir’ as histórias lançadas na internet. Talvez seja essa a maior arma nas eleições 2014.

Enquanto isso, uma mentira lançada na rede foi o simples motivo para a caça, linchamento e assassinato de uma mãe de família no litoral paulista.

Felizes eram os idiotas que tinham consciência de sua idiotice e permaneciam calados.

Nossa intenção não é te influenciar, leitor.

Basta que você pense e, só depois, opine, ou cale-se!

Denisson Salustiano

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