A liberdade de
expressão é considerada maior conquista dos brasileiros no último século.
Contudo, ela ainda não é usada como deveria. O brasileiro, não aprendendo a dar
valor à possibilidade de falar quando quiser, também não aprendeu a calar e
refletir antes de opinar.
A cada semana surge um novo
tema de revolução virtual (pro nosso alívio elas ainda continuam virtuais). Mais
incrível é perceber que mesmo sem conhecer os fatos, todo usuário das redes
sociais é capaz de lançar e defender com unhas e dentes suas opiniões.
Concordando e copiando
(parafraseando) com o magnífico Olavo de Carvalho, afirmo que a pretensão
arrogante da maioria dos brasileiros contrasta tão deploravelmente com a sua
falta de recursos intelectuais que nenhum educador dotado de bom senso ousaria
se aventurar a lhes ensinar o que quer que fosse. Caso o fizesse, correria o
risco de ser ridicularizado pela opinião absoluta de seu educando.
Raríssimas são as
mentes críticas. A maioria adota sempre e prontamente a opinião do outro sobre
qualquer coisa, sobre o racismo, o sistema de cotas, a Copa do Mundo... e fazem
dela imediatamente um princípio universal. Ai de quem ouse discordar!
A possibilidade de se influenciar
as pessoas na terra de Santa Cruz é incrível e potencializada pela internet. Os
esforços para que um maior número de brasileiros tenha acesso à rede de
computadores são feitos em intensidade maior àquela em que eles desenvolvem um
senso crítico que os tornem capazes de utilizar a rede. Por esse motivo, os
presidenciáveis contratam assessorias milionárias para ajudar a ‘desmentir’ as
histórias lançadas na internet. Talvez seja essa a maior arma nas eleições
2014.
Enquanto isso, uma
mentira lançada na rede foi o simples motivo para a caça, linchamento e
assassinato de uma mãe de família no litoral paulista.
Felizes eram os idiotas
que tinham consciência de sua idiotice e permaneciam calados.
Nossa intenção não é te influenciar, leitor.
Nossa intenção não é te influenciar, leitor.
Basta que você pense e,
só depois, opine, ou cale-se!
Denisson Salustiano